Empreendedorismo feminino: desafios para além do mercado de trabalho.

Empreendedorismo feminino: desafios para além do mercado de trabalho.

Mulheres Donas de Negócio recebem 22% a menos que os homens; aponta relatório do SEBRAE.

Conciliar faculdade, filhos, atividades domésticas e ainda conseguir tempo para gerenciar uma empresa faz parte da rotina de milhões de brasileiras. Segundo o “relatório especial” do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), intitulado “Empreendedorismo Feminino no Brasil”, o país tem a 7ª maior proporção de mulheres na categoria “Empreendedores Iniciais”, à frente de nações como Espanha, China e Estados Unidos. 

Embora o empreendedorismo tenha alçado 24 milhões de brasileiras até 2018, segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), respondendo por 34% entre donos de negócio na média nacional, as mulheres ainda enfrentam desafios que seguem para além do mercado de trabalho. Segundo dados da “Rede Nossa São Paulo” e do “Ibope Inteligência”, três em cada 10 mulheres afirmam ter sofrido algum tipo de preconceito ou discriminação no trabalho em virtude do gênero. 

Consultora de Marketing Digital e empreendedora há mais de 15 anos, Priscyla Caldas explica que quando começou a empreender ouvia “piadinhas” sobre a “vida boa” de ser empresária.

“Empreender sendo mulher é uma batalha diária e merece ser comemorada sempre. Nós (mulheres) sabemos o quanto cada conquista é uma luta, e que a vida de princesa das histórias da Disney está bem distante da nossa realidade”, relata.

A frente da ARUNA Marketing, Priscyla faz parte do conglomerado de 9,3 milhões de mulheres “donas de negócio”, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Para a especialista, a cultura do empreendedorismo feminino diz respeito à liderança e ampliação da visibilidade das mulheres, contribuindo para o rompimento de estigmas sociais enraizados na sociedade. 

“O empreendedorismo feminino para mim não inclui apenas as mulheres que possuem empresas, mas também aquelas que empreendem nas empresas que trabalham, nas mães de família, donas de casa e todas as mulheres que se dedicam, se esforçam, que lutam para terem uma vida digna, em meio a tantas dificuldades. Todas nós enfrentamos desafios diários que vão além do expediente e do mercado de trabalho. Devemos, portanto, nos empoderar para vencer preconceitos, discriminações, diferenças salariais e outros desafios” elucida.

Ainda segundo dados coletados pelo SEBRAE, as mulheres empreendedoras são cada vez mais “chefes de domicílio”, alta de 7% na categoria desde 2015. Embora possuam maior escolaridade do que os homens (+16%) e se dediquem quase o dobro do tempo em tarefas domésticas, segundo levantamento da PNAD, as brasileiras donas de negócio seguem ganhando 22% a menos que o gênero masculino

Hoje me levantei às 6h, estudei inglês até às 7h, me arrumei, saí de casa por volta de 7h45, fui à rua comprar objetos para agência. Como não achei, fui trabalhar, fiquei até às 13h30, tinha 2 defesas de planejamento estratégico para realizar, só fiz uma. A reunião acabou às 18h. Saí com dor de cabeça, fui correndo para o mercado. Cheguei em casa, jantei em frente ao computador para finalizar um dos planejamentos, já que um cliente esperava por alterações. Finalizei às 20h30, enviei, e depois ainda publiquei um post no meu perfil profissional”, relata.

Embora a rotina exaustiva e as dificuldades do meio empresarial, Priscyla celebra o empreendedorismo feminino. Ilustrando a importância das mulheres, a consultora traz o exemplo da ARUNA Marketing, que conta com 83% da sua equipe formada pelo perfil feminino. 

A ARUNA tem personalidade forte, confiante, feminina, está repleta de mulheres em sua equipe e o corpo de clientes é composto por muitas que têm sucesso em suas escolhas profissionais. Na minha vida pessoal também vejo amigas e familiares que se destacam em suas áreas e se dedicam para crescer cada dia mais. Os desafios são muitos, mas estamos trilhando um caminho que cada vez mais abre as portas do mercado para outras milhões de brasileiras”, conclui. 

Ainda conforme a pesquisa “Empreendedorismo Feminino no Brasil”, quase metade dos Microempreendedores Individuais (MEIs) é composto por mulheres (47,6%). A categoria cresceu 2,4% desde 2010. 

Para saber mais sobre empreendedorismo feminino, acesse www.arunamarketing.com.br

 

 

 

 

                            

Foto: Divulgação

 

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