A Coleira de Bóris

A Coleira de Bóris

Do dramaturgo paulista Sérgio Roveri, dirigido por Antônio Fábio e encenado por Antonio Marcelo e Daniel Arcades

A Companhia Casamento Aberto estreia no dia 01 de setembro o espetáculo A Coleira de Bóris, do dramaturgo paulista Sérgio Roveri (Prêmio Shell com o texto Abre as asas sobre nós), sob a direção de Antônio Fábio. Em cena, os atores Antonio Marcelo e Daniel Arcades. A primeira temporada da montagem ocorre no Teatro Sesc Senac Pelourinho, todas as quintas, sextas e sábados de setembro, até o dia 23, sempre às 19h30.

A obra conta a história de dois sujeitos aprisionados por que tentaram passar para “o outro lado”. A ação dá-se numa prisão para onde são levados aqueles que ousam desafiar um sistema totalitário que desqualifica a experiência humana. Em suas celas, separados por uma parede, privados do sentido da visão na sua interação, orientando-se apenas pelo som de suas vozes. Dois homens, diferentes em seus caminhos e em suas escolhas, conversam e tentam compreender os reais motivos dos seus aprisionamentos e assim aprendendo sobre suas existências e sobre os seus desejos.

Antonio Marcelo declara que o espetáculo é uma provocação para discutir nossas “escolhas” ideológicas, políticas e afetivas. “A Coleira de Bóris nos leva a pensar em toda essa estrutura que cerceia nossa liberdade e captura nossos desejos”, resume o ator, que passou quatro meses ensaiando com o parceiro de cena, Daniel Arcades. Este será substituído na terceira semana da temporada pelo ator Hugo Bastos.

A Coleira de Bóris não é somente uma obra que fala sobre as “escolhas” individuais, mas um jogo com todas as contradições da ideia de liberdade presente. “É um texto instigante. É um tipo de literatura sobre sociedades distópicas, que nos leva a perceber que ainda temos uma geração onde grande parte foi completamente formada por outros ideais e noções de civilização”, explica o diretor Antônio Fábio.

Ele acrescenta que esta é a terceira vez que tenta produzir este drama e conheceu o texto em 2012. “Parei a montagem duas vezes, por compromissos profissionais em outras produções. Gostaríamos de agradecer ao autor Sérgio Roveri que gentilmente nos cedeu os direitos para montar o espetáculo aqui em Salvador”, pontua.

Cia

A coleira de Bóris é a segunda produção da Companhia Casamento Aberto e ela abre um projeto do grupo de excursionar por outras praças, em outras temporadas, “rompendo o hábito de breve vida da maioria dos espetáculos soteropolitanos e aumentando suas ações de interferência no cotidiano da cidade”.

Apoiados por novos criadores da Cena Baiana, a identidade do espetáculo é dada pela organização do sentido, nos trabalhos de figurino, assinados por Antonio Fábio e Genilson Brito, direção de movimento e coreografia Edeise Gomes, iluminados por Victor Hugo Sá, a trilha musical é assinada por Lucas Barnery e a cenográfica fica a cargo de Gei Corrêa e Gui Barsan, os vídeos e mappings assinados pela Art.3 Filmes, fotografias de Uendel Galter e assistência de Direção de Karla Koimbra.

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