Saiba como evitar endividamento sendo autônomo

Saiba como evitar endividamento sendo autônomo

Uma das estratégias é ter reserva de emergência

Ter uma vida financeira equilibrada é uma das principais metas de muitos brasileiros e se tem algo imprescindível para um autônomo é a estabilidade do comprometimento de renda. No ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas que trabalham por conta própria bateu recorde, apontando que 25,7 milhões de trabalhadores têm o rendimento mensal incerto. Não à toa, dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) afirmam que o endividamento atinge cerca de 80% das famílias, no país. 

 

Quando se trata de trabalhadores autônomos, uma realidade é a seguinte: eles não têm receita segura, mas variável, que depende de mercado, de economia e de sua própria disponibilidade para o trabalho. Por não serem funcionários e não terem um dinheiro fixo no fim de cada mês, eles só recebem se trabalharem e só têm renda se venderem seu produto ou serviço.   

 

Diante dessa realidade, para evitar endividamento é preciso, por exemplo, estar atento a entradas e saídas, traçar metas e objetivos e rever os gastos para que eles se mantenham estáveis. Professora de Administração da UNIFACS e empreendedora, Luciana Buck frisa que ter uma reserva de emergência é imprescindível. “A primeira regra é ter uma reserva de emergência, para o caso de doença ou qualquer outra coisa que o impeça de exercer a sua profissão, o que interrompe seu fluxo de receita”.  

 

Para isso, ela diz que é preciso ter disciplina. “De toda a receita que entra é preciso reservar um percentual de 5%, 10% ou 20%, por exemplo. Uma reserva que, de preferência, sustente pelo menos 90 dias de inatividade. Quanto maior a reserva, maior a segurança”. Outra recomendação importante é a seguinte: se o profissional não tem bastante tempo na atividade, o que possibilita certa noção da receita mensal média, ele deve evitar dívidas. “Junte o dinheiro antes de gastar”, orienta a especialista.  

 

Em caso de endividamento, Luciana Buck diz que, como qualquer envidado, o autônomo deve buscar uma linha de financiamento com juros mais acessíveis para trocar a dívida de juros altos por uma de juros menores e parcelar isso em um prazo que a prestação caiba no orçamento mensal; evitar os créditos mais caros, como cheque especial e cartão de crédito, além de tentar renegociar a dívida.  

 

“É possível ver se ele se enquadra como MEI ou Micro Empresa nos financiamentos que têm subsídios do Sebrae para baixar a taxa de juros ou ir ao próprio banco para buscar um empréstimo pessoal com juros mais baixos. Se for uma dívida direto com o fornecedor, tentar negociá-la”, destaca a professora da UNIFACS, ao concluir: “Nada melhor que a negociação. A pior coisa que tem é sumir, desaparecer, porque você perde a reputação, o crédito e fecha as portas para o futuro”.  

 

Abaixo, algumas dicas:  

- Faça uma reserva de emergência;  

 - Use o cartão de crédito de forma racional;  

- Evite comprar por impulso;  

- Separe as finanças pessoais das contas de trabalho;  

- Estabeleça uma média de remuneração mensal;  

- Trace um limite de gastos que esteja de acordo com seus rendimentos;  

- Mantenha uma planilha de gastos para acompanhar o orçamento;  

- Dialogue com a família para que todos evitem endividamento.  

Sobre a UNIFACS  

 

Fundada em 1972, a UNIFACS é integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A Instituição oferta formação em todas as áreas do conhecimento. A universidade tem mais de 50 anos de investimentos constantes em educação e atenção às demandas sociais, na Bahia. Uma das principais instituições de ensino superior no Nordeste, também tem mais de 15 anos de atuação em Feira de Santana. A UNIFACS também contribui para democratização do Ensino Superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do estado. São mais de cinco décadas de muitas realizações e a universidade acredita que, nas próximas décadas, é possível fazer muito mais na Bahia e com a Bahia.

 

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